Home Arquivo completo Colaboradores

segunda-feira, 2 de julho de 2012

CRASE II - Continuando

Sabemos que se usa a crase diante de substantivos femininos, uma vez que esses pedirão o artigo feminino “a”, mas como saber se os topônimos (substantivos próprios que nomeiam lugares) pedem ou não artigo? Para isso usamos o seguinte artifício:

"Quando venho, venho da, quando vou craseio o “a”. Quando venho, venho de, quando vou crase pra quê?"

Exemplo: Venho de Copacabana. O uso da preposição “de” indica a ausência do artigo feminino “a”, logo - na frase: Vou a Copacabana – não usamos crase.

Vou a Copacabana – crase, pois diante do substantivo topônimo - Copacabana não se usa o artigo.

Porém muita atenção todo substantivo determinado pede artigo, assim “se venho da Copacabana de minha infância”, “vou à Copacabana de minha infância”, com uso obrigatório do acento grave indicador de crase.

Lembrem-se, ainda que grosseiro, o versinho a seguir pode nos tirar de algumas situações duvidosas: "Se temos um ‘a’ no singular e um substantivo plural, quem usa crase é boçal".

Já que usei uma palavra, que embora muito usada, seu significado é bastante restrito, vamos aproveitar a oportunidade para ampliar nosso vocabulário:

Boçal
Adjetivo de dois gêneros e substantivo de dois gêneros:


  1. Diacronismo: antigo.
    Referente a ou escravo negro recém-chegado da África, que ainda não falava o português
  2. Derivação: por extensão de sentido.
    que ou aquele que é falto de cultura; ignorante, rude, tosco
  3. Derivação: por extensão de sentido.
    que ou aquele que é desprovido de inteligência, sensibilidade, sentimentos humanos; besta, estúpido, tapado

    - adjetivo de dois gêneros
    Regionalismo: Brasil. Uso: informal, hiperbólico.
  4. muito grande; enorme, descomunal, imenso

Ex.: fez um esforço b. para passar de a